terça-feira, 19 de julho de 2016

Uma Garrafa de Você

Dança na boca impura
Um nome... teu nome
Que no peito expande e perdura
Que na razão se agiganta... e some.

Queima na garganta fraca
A mórbida frieza do meu vício
Que é mãe do algoz que ataca;
Que é céu de alvura e treva de precipício.

Avolumam-se no estômago doente
A quentura do teu "não importar-se"
Que rasga-me a fúria descrente;
Que perfuma-me a crença que cresce.

E então sublima, sem cor,
Ao infinito da mente sedenta
Por um copo de ar e dor
Que voa e cai... que mata e acalenta.

Ervália, 19/07/2016

Cristiano Durães