Dança na boca impura
Um nome... teu nome
Que no peito expande e perdura
Que na razão se agiganta... e some.
Queima na garganta fraca
A mórbida frieza do meu vício
Que é mãe do algoz que ataca;
Que é céu de alvura e treva de precipício.
Avolumam-se no estômago doente
A quentura do teu "não importar-se"
Que rasga-me a fúria descrente;
Que perfuma-me a crença que cresce.
E então sublima, sem cor,
Ao infinito da mente sedenta
Por um copo de ar e dor
Que voa e cai... que mata e acalenta.
Ervália, 19/07/2016
Cristiano Durães